24.7.16

Eu mulher, mãe e terapeuta


Essa última semana me trouxe muitas reflexões. Sou mãe de um garoto de 14 anos e o seu crescimento está me fazendo entrar em contato com uma parte minha e do meu universo que eu havia colocado um pouco de lado, talvez muito, mas estou percebendo agora.

Meu filho foi criado apenas por mim, como muitos dos meninos de sua geração são criados apenas pelas mães, uma vez que muitos pais não deixaram o posto de filho, logo não puderam assumir suas responsabilidades como pais. Essa sempre foi a explicação que dei pro meu próprio filho sobre a ausência de seu pai.

Já, eu mesma, fui criada por uma mãe que largou sua vida profissional para criar três filhas, com o auxílio apenas financeiro de um pai (o meu e das minhas irmãs) que, apesar de morar na mesma casa que nós todas, por sua vez também não amadureceu emocionalmente para cumprir seu papel em nossa família...

Esse foi o padrão que reproduzi quando me apaixonei, nos meus 18 anos, pelo pai (ainda filho) do meu filho.

Hoje, tenho nas mãos, eu-mãe (e talvez eu-terapeuta) a oportunidade de quebrar esse padrão com o meu filho. Eu grifei oportunidade para dar peso a essa palavra, pois ela muda completamente minha relação com a situação, uma vez que, num estalo, eu-mãe escrevi obrigação, mas eu-mulher, conscientemente escolho viver esse momento como uma oportunidade de fazer diferente.

Temos, meu filho e eu, vivido momentos bastante intensos, considerando que não temos os mesmos parâmetros para tratar a situação. Ele é um adolescente sendo adolescente e eu, uma mãe autoanalisada e consciente da oportunidade que tenho nas mãos, sendo uma mãe, e nas palavras dele, fazendo tempestade em copo d'água. 

Essa semana parei para rever e reabsorver a mensagem de dois filmes: Sobre meninos e lobos (cujo nome original é Mystic River e, que lembrei ter visto com meu pai, pela primeira vez e que seu comentário no final, com o queixo nas mãos foi: "Caralho!") e Clube da Luta e eles me tocaram profundamente. 

Ambos os filmes parecem contar a vida de homens na sociedade, mas na verdade falam de meninos: meninos que não amadureceram, que não superaram seus traumas , que não souberam lidar com seus medos, que não assumiram a responsabilidade por suas vidas e pelas vidas dos que os cercam, que tem que criar entre si próprios homens-meninos, eventos, códigos e signos que lhes garantam a passagem, mesmo que de aparência ou não fundamentada em maturidade emocional, entre serem meninos ou serem homens. Os mesmos homens-meninos que me constituíram até agora enquanto mulher e os mesmos homens-meninos que não desejo que meu filho se torne.

Esse é um lugar novo para mim. É um lugar que ainda não percorri, mas que como mãe, mulher e terapeuta sei que vim desbravar.

Nesse lugar tenho muitas perguntas sem respostas e vou partilhá-las aqui:

Que tipo de conduta uma mãe de adolescente deve ter para não dar limites de mais, não cobrar de mais, não aparar de mais as arestas de um menino que não teve e não tem o espelho de um homem-homem no qual se projetar, mas, que como mãe deseja e sempre tentou dar ela mesma a ele, essa imagem pela qual se orientar? Como e até que ponto, eu-mulher posso e devo ser esse espelho? Quais rituais de passagem posso eu-mãe, consentir que meu filho-adolescente faça com sua tribo de amigos-filhos-adolescentes que são tão sem orientação de homens-homens quanto ele é, para se afirmarem como homens diante dessa sociedade de homens-meninos que não desejo que ele se enquadre?

Ao mesmo tempo que tenho a consciência de ter sido a melhor mãe que pude, sei que que não pude ser mãe e pai. Não se trata, portanto, nem de me culpar, nem de querer controlar a vida do meu filho e sim de esclarecer para mim mesma como posso contribuir de uma forma mais adequada e efetiva neste momento, quando ele começa a fazer as suas próprias escolhas e percebo similaridades com as escolhas que fiz e que me levaram ao padrão que desejo ter a oportunidade de quebrar. 

28.6.16

A Profecia Celestina

“Olhe não apenas com a mente, mas com a alma. A vida que está chegando já está diante de nós, esperando apenas o mundo se abrir. Apenas olhe mais de perto. Encontre os olhos para ver.”
O filme relata a história da redescoberta de 8 pergaminhos escritos em 5 ou 6 aC. que foram escondidos por padres franciscanos nas montanhas do Peru, em 1622. 
Os pergaminhos falam sobre um mundo sutil, de energia, de intuição, de sincronicidade - fatos que nos colocam diante de pessoas, lugares e situações certas para a experiência que temos que passar - informando sobre uma ordem universal que governa e cuida de tudo e de todas as coisas. A profecia nos aponta que “o conflito, o caos do mundo, está nos mudando”, mais especificamente que a violência do mundo está nos despertando de alguma maneira e que a partir de então olharíamos para tudo de modo diferente, durante os primeiros anos deste século.
A profecia é revelada em insights descritos em 8 pergaminhos já encontrados e mais um ainda sem paradeiro definido.
O 1º e 2º pergaminhos falam sobre os mistérios do mundo que nos conduzem a outras formas de viver, de nos relacionar, nos colocam de frente com o mundo real, com ele é de fato, e não como o vemos com o nosso olhar limitado. Nos diz que o mundo está começando a mudar e que quanto mais nos abrimos para esta descoberta, mais o mundo se transforma diante dos nossos olhos.
O 3º e 4º revelam a rede de energia divina que origina e constitui todo o mundo. Esta energia flui para todas as coisas e para as pessoas. As energias fluem de pessoas para pessoas e da natureza para as pessoas. Nós, humanos devemos redescobrir a fonte de energia existente no interior de cada um, deixando de vampirizarmos uns aos outros, como acontecem na maior parte das relações.
O 5º e 6º nos colocam diante da realidade de que os conflitos no mundo são gerados por inúmeros anos de desconexão com a fonte de energia divina. Desconexão que nos tornam inseguros, incompletos, vazios. A conexão é necessária para que alcancemos os mais altos níveis de consciência, onde encontramos a verdadeira ligação com a energia divina e nos sentimos conectados com algo maior, como uma rede, nos sentimos parte de uma fluxo maior de evolução e que estamos aqui para realizar algo.
O 7º e 8º nos confrontam com questões sobre esse algo que viemos realizar. Se estivermos alinhados com esse propósito, conduziremos as pessoas ao redor a esse mundo que se abre para nós. Nesse momento estamos seguindo nossa intuição, que nos leva ao fluxo cósmico. Ao invés de tirarmos energia um dos outros, nos tornamos doadores de energia, em todos os momentos. Esse é o segredo para nos mantermos ligado, em fluxo. A energia que se doa é o amor. A sua energia, o seu amor, se deselvolve em você, inicialmente, e flui para os outros.
No entanto, o 9º pergaminho não existe pois é a própria experiência sendo vivenciada: uma doação mútua de energia entre as pessoas, uma energia que se amplifica em todas as direções e coloca a humanidade em outro nível da evolução, com olhos para enxergar o paraíso onde já vivemos. “A direção interna desenvolve o mundo em direção a um paraíso que já está aqui. Saber isso é conhecer o nosso destino.”
Autoridades do governo tentam reprimir a divulgação do conteúdo dos pergaminhos, pois sabem do perigo que é a descoberta do poder individual de cada um.

23.6.16

A mosca e o samurai

É assim que o mundo exterior te perturba quando você está voltado para fora além do necessário. Qualquer acontecimento externo te perturba a ponto de tirar a sua paz! Silencie dentro. "O barulho que existe fora é apenas o eco do barulho que existe em nós mesmos!" Direcione a sua atenção para o seu interior e perceba o mundo completamente diferente a sua volta.